Nossa

Identidade

Arquidiocese de Florianópolis
Paróquia São Virgílio
Rua Santo Inácio, 170, Centro
88270-000 – Nova Trento – SC
Fone: (48) 3267-0127

Criada em 3 de outubro de 1929

Padroeiro: São Virgílio

Nossa

Missão

EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo,  como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa,  alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia,  à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres,  para que todos tenham vida,  rumo ao Reino definitivo (Jo 10,10)

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Nossa

História

Um Decreto da Cúria Metropolitana, datado de 3 de outubro de 1929, cria oficialmente a Paróquia, assim se expressando: “… sendo de máxima urgência legalizar a situação das parochias que não têm ou das quaes não consta o Decreto de instituição canônica, e achando-se nestas condições o território vulgarmente conhecido sob a designação de Curato de São Virgílio de Nova Trento… havemos por bem reconhecer, confirmar e elevar o referido território a categoria de parochia amovível, sob a mesma denominação de São Virgílio de Nova Trento…”. A nova igreja matriz foi inaugurada em 2 de agosto de 1942. 

Já no ano de 1788 o Governador José Pereira Pinto mandou o Alferes Antônio José de Freitas com mais três soldados e quatro civis, fazer uma exploração no Rio Tijucas. Foi, provavelmente, este Alferes, cuja viagem durou 20 dias, rio acima, que cedeu seu nome ao ribeirão e ao sítio onde hoje se ergue a cidade de Nova Trento.

Em 1835, um inglês, residente no Desterro, chamado Cristóvão Bonsfield, requereu uma sesmaria às margens do Ribeirão do Alferes, para estabelecer um engenho de serra e colônia agrícola. Esta localidade pertencia ao núcleo colonial “Príncipe Dom Pedro”, que abrangia as terras do sudoeste da Colônia Itajaí. O núcleo compreendia 4 distritos: Três foram ocupados por alemães, vindos na sua maioria de Baden, na Alemanha. Um quarto, localizado mais ao sul, às margens do Rio do Braço, foi ocupado por italianos, vindos da região de Trento, aqui chegados em duas levas, a primeira a 2 de dezembro de 1875 e a segunda a 1º de janeiro de 1876. Consta que estes emigrantes desembarcaram em Itajaí, subindo aquele Rio desembocaram em Brusque, ascenderam as montanhas e desceram nas valadas do Rio do Braço, de Tijucas, onde se estabeleceram.

Aos 31 de junho de 1874 as terras da antiga sesmaria de Cristóvão Bonsfield e as colônias marginais dos ribeirões Crecker e Moura, vieram a constituir o 4º Distrito da Colônia – município São Luís Gonzaga, com sede em Brusque.

Já em 1876 era erguida uma Capela dedicada a São Virgílio, construída de tabique e coberta de palha, que durou até 1883. A escolha de São Virgílio como Padroeiro se deveu ao fato de ter sido este Mártir, Bispo de Trento, Diocese de onde partiram os imigrantes italianos para cá vindos.

Os padres seculares, de Brusque, foram os primeiros a prestar assistência pastoral ao povo neotrentino. Sucederam-lhes os padres jesuítas, que já aqui chegaram em 1877, como missionários. Decididos a permanecer em Nova Trento, lançaram a pedra fundamental de sua residência já em 1878, onde se fixaram definitivamente em 8 de dezembro de 1879.

Em 1883, Nova Trento foi elevada a Distrito Policial, em 1890 a Distrito de Paz e, a 3 de agosto de 1892 pela nº 36, a Município.

Aos 4 de abril de 1884, a Lei Provincial nº 1074, criava o Curato de Nova Trento, dependente da Paróquia de Brusque.

Em 1879, com a aprovação do Governo Imperial, o 4º Distrito recebeu o nome de Nova Trento.

Em 1883 inicia-se, na sede do Distrito, a construção de uma igreja, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, concluída em 1885. Reformada a partir de 1905 e ampliada em 1911, quando da criação da Paróquia, em 1929 serviu de Igreja Matriz até a construção da atual, a partir de 1940.

Somente em 1890 foi aberta a primeira ligação terrestre da colônia, a estrada Nova Trento – Tijucas. Até então, a única saída era o Rio Tijucas. Através dele os colonos transportavam, em balsas de madeira e barcaças a remo, os produtos de sua colônia. Data também desta época a estrada que liga Nova Trento a Brusque.

Em 1895 Nova Trento recebe a primeira Visita Pastoral, do então Bispo de Curitiba, Dom José Camargo de Barros, que na oportunidade deu aprovação eclesiástica à recém fundada Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e oficializou o Morro da Santa como ponto de peregrinação.

No ano de 1899 o Pe. Luís Maria Rossi, superior da residência dos jesuítas em Nova Trento, teve a idéia de erigir cruzes de madeira nos quatro pontos mais altos da Paróquia: os morros Barão de Charlach (1.100 m), Lima (700 m), Bela Vista (600 m) e da Onça (525 m).

Pela Lei nº63, de 1º de outubro de 1921, a Superintendência de Nova Trento doava uma área de terras, com 20 metros de frente, anexa ao terreno de propriedade dos padres jesuítas, para a construção da futura Igreja Matriz daquela cidade. Após diversos estudos, em 31 de janeiro de 1922 era enviada, devidamente aprovada pela Cúria Metropolitana, a planta do novo templo.

Um Decreto da Cúria Metropolitana, datado de 3 de outubro de 1929, cria oficialmente a Paróquia, assim se expressando: “… sendo de máxima urgência legalizar a situação das parochias que não têm ou das quaes não consta o Decreto de instituição canônica, e achando-se nestas condições o território vulgarmente conhecido sob a designação de Curato de São Virgílio de Nova Trento… havemos por bem reconhecer, confirmar e elevar o referido território a categoria de parochia amovível, sob a mesma denominação de São Virgílio de Nova Trento…”. Esta manifestação prende-se ao fato de, embora ter sido tratado como um curato, não se ter encontrado documento oficial a respeito, conforme se reporta, já em 1928, o Pe. José de Lassberg S.J., em resposta a uma circular da Cúria. A instalação da nova Paróquia aconteceu a 6 de outubro.

Dois importantes pontos de peregrinação existem na Paróquia:

  • O Santuário do Bom Socorro, obra do Pe. Alfredo Russel S.J., localizado no Morro da Onça, onde, em 1899, Pe. Luís Maria Rossi S.J. erigiu uma das quatro cruzes de madeira, comemorativa à passagem do século: Em 1905, quando de sua visita a Nova Trento, o então Bispo de Curitiba Dom José de Camargo Barros, oficializou este local como ponto de peregrinações. Em 07 de agosto de 1988 Dom Afonso Niehues elevou-o à categoria de Santuário.
  • A Capela Nossa Senhora de Lourdes, em Vígolo, onde viveu Amábile Visenteiner, que, a 12 de julho de 1890, com mais duas moças da localidade, fundaram a Congregação das irmãzinhas da Imaculada Conceição, adotando, a partir de então o nome de Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Em sua visita a Florianópolis, no dia 18 de outubro de 1981, o Papa João Paulo II presidiu a Cerimônia de Beatificação de Madre Paulina. A partir de então o local tornou-se ainda mais visitado por Romeiros.

A 29 de maio de 1930 o Vigário Pe. Afonso Kurzo S.J. preside a bênção da pedra fundamental do Hospital Nossa Senhora da Conceição, que foi inaugurado em 22 de novembro de 1933, com a presença do Sr. Arcebispo Metropolitano Dom Joaquim Domingues de Oliveira e do Interventor Federal Dr. Aristiliano Ramos.

Em 14 de dezembro de 1939, o Arquiteto de Florianópolis, Tom J. Wildi, entregava ao Sr. Arcebispo Metropolitano o projeto de uma nova Igreja Matriz para Nova Trento. A 10 de janeiro de 1940 era então nomeada pela Cúria Metropolitana, uma Comissão encarregada da construção do referido templo, que foi inaugurado em 2 de agosto de 1942.

Uma corrente de neotrentinos era de opinião de que se devia transformar a antiga igreja matriz em salão para festas, uma outra, contudo, defendia a idéia de que a mesma fosse demolida e seu material aproveitado na construção de um salão paroquial em outro lugar. Não obstante o parecer favorável da Cúria Metropolitana, em 1947 o referido templo foi demolido e seu terreno vendido. O material foi reaproveitado na construção do novo salão paroquial, em terreno adquirido em frente à Igreja Matriz, cujas obras foram concluídas em 1948, sendo inaugurado no dia 18 de setembro.

Em 7 de março de 1953 foi dada licença para bênção de 4 sinos para a igreja matriz.

Em 1954 foi feita a instalação do relógio da torre da igreja.

Em vista do grande número de vocações sacerdotais e religiosas, os padres jesuítas inauguraram em Nova Trento, a 4 de novembro de 1956, o Pré-Seminário Menor Nossa Senhora de Fátima, que aí existiu até 1973, quando foi desativado.

Em 1956, a 4 de maio chegava, vindo de Buenos Aires e ali permanecendo por mais de um mês o Coração do Mártir riograndense Beato Roque Gonzales de Santa Cruz.

Idêntica visita aconteceu no dia de São Virgílio, 26 de junho de 1957, quando retornava do Rio de Janeiro para Buenos Aires, ali permanecendo por cinco dias.

Em maio de 1995 O Pe. Jacó Melz S.J. é vítima de acidente vascular cerebral, ficando inválido. Enquanto se aguardava a indicação de um substituto, por parte de seus superiores, assume a Paróquia, na condição de Administrador Paroquial o Pe. Vicente Konzen S.J.

Uma característica da colonização italiana é a grande religiosidade, com uma devoção acentuadíssima aos santos. Graças a isto existem espalhados por toda a Paróquia, inúmeros Oratórios, dos quais se destacam: Santa Ágata, Santo Antonin, Calvário, São Roque, Santa Luzia, São José, Cristo Rei, Nossa Senhora Aparecida, Bom Jesus, São Sebastião, Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças